Morais, G. P. (n.d.). Requiem por um romance que já não existe [Manuscrito]. Faz parte do espólio familiar.
Morais, G. P. (n.d.). S/t. [teatro. Manuscrito]. Faz parte do espólio familiar.
"Sim, é importante reconhecer que na obra destas escritoras [Graça Pina de Morais, Agustina Bessa Luís e Natália Nunes] o factor humano, tão maltratado nas tentativas dos seus antepassados, ganha foros de primeiro plano e que as suas histórias, ainda mesmo quando carecem de verosimilhança, se empenham, realmente, antes de mais nada, em atribuir ao homem uma importância que ele não tinha nas histórias passadas. É isso que, inclusivamente, se observa no livro de Graça Pina de Morais [A origem], o mais recente fruto desta nova sementeira da nossa literatura de ficção.” Simões, J. G. (2001). Graça Pina de Morais. A origem. In Crítica III romancistas contemporâneos 1942 – 1961 (pp. 346-347). Lisboa: Imprensa Nacional. Casa da Moeda.
“A sua obra (...) não ocupa dentro do cânone literário o lugar a que teria direito. E, no entanto, é difícil escapar à força da sua voz. A sua escrita é certeira e lúcida, fria e cruel, mas deixa-se enternecer pela beleza do mundo. Tem a força daqueles que conseguem ver sem nunca desviarem os olhos, que olham de frente para a verdade, sabendo que tudo se pode compreender. Poucas vezes a literatura portuguesa conseguiu conciliar de uma forma tão radical a denúncia implacável da hipocrisia do ambiente social e familiar com a compreensão instintiva da grandeza e da miséria da condição humana” (Almeida, T. S. (2001, julho 21). Um olhar implacável sobre o mundo. O Expresso, p. 45.)